sábado, 7 de maio de 2016

O valor da maternidade

Neste dia tão especial, não tem como sentir alegria ao falar de algo tão nobre, a maternidade. Como fui chamada para discursar sobre esse tema neste domingo, compartilho com vocês a minha mensagem desejando um FELIZ DIA DAS MÃES para todas nós!



Vocês já pensaram em como definir o que é ser uma mãe? No Guia de Estudos das Escrituras, temos a seguinte definição:

Título sagrado concedido à mulher que dá à luz ou adota filhos. As mães auxiliam Deus em seu plano de prover corpos mortais para os filhos espirituais do Pai Celestial. 

Ser mãe é algo sagrado e divino, e não é apenas dar a luz, mas ser realmente mãe é algo muito maior. 


O Élder Holland menciona que "Não são apenas os nove meses da gestação, mas, sim, uma vida inteira de carinhosa atenção que torna a maternidade um feito tão impressionante". 

Na última conferência geral, a conselheira geral da organização das moças - Neill F. Marriot - mencionou que "As mães literalmente abrem um espaço em seu corpo para nutrir um bebê que ainda está por nascer e, espera-se que abram um lugar em seu coração enquanto o criam; mas nutrir não está limitado a gerar filhos. Eva foi chamada de “mãe” antes de ter filhos.4 Acredito que “ser mãe” significa “dar vida”. Pensem nas diversas maneiras pelas quais vocês dão vida. Pode significar dar vida emocional para os desesperançosos ou vida espiritual para os céticos. Com a ajuda do Espírito Santo, podemos criar um lugar de cura emocional para os discriminados, os rejeitados e os desconhecidos. Edificamos o reino de Deus por meio dessas maneiras ternas, porém poderosas. Irmãs, todas nós viemos à Terra com essas caraterísticas maternas e com o dom de dar vida e de nutrir, pois esse é o plano de Deus.

Uma mãe pode exercer uma influência duradoura para toda a vida, com suas palavras, exemplo e ações. O Élder  mencionou que "Em todos os casos, uma mãe pode exercer uma influência que nenhuma outra pessoa em nenhum relacionamento pode igualar. Pelo poder de seu exemplo e de seus ensinamentos, seus filhos aprendem a respeitar as mulheres e a incorporar disciplina e elevados padrões morais na própria vida. Suas filhas aprendem a cultivar a própria virtude e a defender o que é certo, vez após vez, mesmo que isso não seja popular. O amor e as elevadas expectativas de uma mãe levam os filhos a agir com responsabilidade e sem desculpas, a levar a sério a formação educacional e o desenvolvimento pessoal, e a fazer contribuições contínuas para o bem-estar de todos a seu redor". 

Considerando então que a maternidade tem uma importância imensa no plano de Deus, entende-se também que faz todo sentido Satanás desejar que às mulheres - e homens - não compreendam o significado da maternidade para o mundo, e ele usa muitas formas para fazer isso. 

Há mulheres que acreditam não ter o dom da maternidade, de não se dar bem com crianças e jovens e por isso não se acham aptas para isso. Outras prioridades como estudos e carreira são muito mais valorizadas do que ser mãe. 

Por outro lado, muitas que já são mães sentem-se incapazes de exercer sua função e de não estarem a altura deste chamado. As comparações então são constantes: 

* Mãe que tem parto normal é melhor que cesárea. 
* Por que não amamentou? 
* Se trabalha fora não dá atenção devida aos filhos. 
* Se fica em casa com os filhos está perdendo tempo assistindo TV, porque quem fica em casa não faz nada. 
* Porque o filho de uma é mais educado e inteligente do que o de outra".

E a lista é enorme, e precisamos dizer NÃO para tudo o que o mundo prega contra este papel divino! Se pararmos para pensar, no fundo, não são todos estes meios de o inimigo desvalorizar algo tão sublime que é a maternidade?

Eu mesma tive algumas destas opiniões. Quando eu era jovem, sempre desejei me casar no templo com um bom homem, mas não deseja ter filhos por considerar os estudos e a carreira maiores. Considerava a maternidade realmente maravilhosa, mas para as outras mulheres. Lembro-me de não opinar muito sobre o assunto em aula das moças porque sabia que, se eu falasse que não deseja ter filhos, as líderes tentariam me fazer mudar de ideia. Eu dizia que teria filhos porque, afinal de contas, era um mandamento. Mas no meu coração, não tinha o desejo. Deus, como sempre, em sua sabedoria, me aconselhou pessoalmente em minha benção patriarcal de que a maternidade tem o maior valor nos céus, e que no devido tempo, eu deveria fazer disto uma prioridade.

Os anos passaram, eu me casei e depois de algum tempo, meu marido falou de termos nosso primeiro filho. Eu ainda não estava muito convencida de ser o momento, pois entre trabalho, estudos, chamados e outros afazeres, não via como conciliar a rotina que tínhamos com um bebê. Porém, depois de uma amiga próxima ganhar seu bebê, observei que, ela também fazia todas estas coisas, tinha uma criança linda, e era muito feliz. Nesse momento algo mudou e eu disse, "Ok" podemos dar um jeito.

Mas o Pai Celestial sabia que eu precisava realmente querer. Nesse meio tempo, tivemos altos e baixos em 2 gestações que não foram em frente. E especialmente a partir da segunda vez, surgiu algo dentro de mim dizendo que eu realmente queria ser mãe, e desejava por aquilo de coração. Desejava tanto que ficava até com raiva (que eu sabia que não devia, mas parecia algo mais forte do que eu) de amigas que engravidavam, porque eu queria muito também. Enfim, o momento certo chegou, o Pai Celestial nos deu a benção de criar um de seus filhos aqui na terra. Tenho muito o que aprender, mas até hoje duas coisas são bem marcantes: de que o tempo de Deus é o tempo certo para todas as mães e todas as coisas; e que a maternidade nos torna pessoas melhores: mais compreensivas com outras mães, menos egoístas, mais amorosas... ela nos transforma.

Tive um ex colega de trabalho que disse não desejar ter filhos porque o mundo já está tão ruim que não gostaria de colocar uma criança para viver em um lugar como esse. Existem muitos motivos para ter uma opinião diferente, mas o primeiro deles que penso hoje é: e se ser mãe fizer de você uma pessoa muito melhor do que você é hoje? 

A maternidade não é fácil. Filhos decepcionam suas mães constantemente de maneiras diversas. Há filhos que saem de casa e nunca retornam, que se desviam de bons caminhos, que constantemente usam palavras rudes e grosseiras em casa, fazem muitas coisas que trazem lágrimas às mães. Ainda assim, a verdadeira mãe não o abandona, porque seu amor é divino, é tão forte que ela supera todas estas coisas.

O Élder Holland citou uma jovem mãe que disse: “Como um ser humano pode amar tão profundamente um filho a ponto de dispor-se a abdicar de grande parte de sua liberdade em favor dele? Como pode um amor mortal ser tão forte a ponto de voluntariamente sujeitarmo-nos a responsabilidades, vulnerabilidade, ansiedade e sofrimento, e persistir em fazê-lo continuamente? Que tipo de amor mortal pode fazer com que sintamos, após ter um filho, que a vida jamais voltará a ser só nossa novamente? O amor materno tem que ser divino. Não existe outra explicação. O que as mães fazem é um elemento essencial do trabalho de Cristo".

Vamos pensar por 1 minuto como seria sua vida se não houvesse uma mulher que não exercesse o papel de mãe em sua vida. Não precisa necessariamente ser a mãe biológica, mas alguém que tenha feito o que uma verdadeira faria. 

* Você receberia a educação que teve? 
* Um carinho, um agrado, uma cantiga de ninar ou uma comida favorita em um dia qualquer? 
* Alguém que tenha levado ao médico, passado dias e noites em claro ou vigilante pelo seu bem estar físico e emocional? 
* Que comemorava conquistas na escola, esportes ou outras atividades? 
* Que tenha consolado na hora de ser contrariado na escola, no término de um namoro, ou em uma demissão? 
* E quem sempre esteve presente nas horas mais importantes e decisivas de sua vida?

Tenho uma gratidão enorme por ter conhecido e ainda conhecer exemplos de mulheres incríveis que são mães. De nossa ala ter mães maravilhosas que influenciam a mim, aos seus filhos e à muitos ao nosso redor. E claro, por minha mãe. Ela não é perfeita, afinal nenhum de nós é, mas ela tem muito mais qualidades, nunca me deixou na mão e faz coisas incríveis. 

Também sou grata por ter uma mãe celestial, que podemos não saber tanto sobre ela, mas tenho certeza que nos ama e zela por nós, e deseja que sejamos vitoriosas nessa jornada mortal. 

Encerro com uma última frase do Élder Holland de que "Nenhum amor na mortalidade se aproxima mais do puro amor de Jesus Cristo do que o abnegado amor que uma mãe dedicada tem por seu filho".

Um Feliz Dia das Mães!!!!

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