quarta-feira, 29 de julho de 2015

Assistir a sacramental com a família reunida

Quando eu era criança e mesmo adolescente, eu queria assistir a reunião sacramental com outras pessoas. Minha mãe nunca deixou, ela dizia que aquela hora era momento de estar sentada com a família. Naturalmente eu não gostava, aquela coisa de "meus amigossão mais legais que meus pais" mas, depois de alguns anos, eu vi que, pelo menos na minha opinião, ela tinha razão.

Tinha razão porque ela sabia que eu não assistiria a reunião direito se eu ficasse em outro lugar, ela sabia que ia ficar de papo ou até sair da capela fazer alguma coisa, seja o que fosse. Ali, ela estava simplesmente fazendo seu papel de mãe e vendo se estávamos prestando atenção. 

Mas, eu vejo também um outro motivo muito importante: já assistimos separados as outras duas classes. E se a Igreja tem a família como sua principal organização, por que então não ficaríamos juntos justamente no principal momento: a reunião sacramental?



Chegou o dia que realmente fiquei ali porque eu queria. Só saí daquele banco depois do nascimento do baixinho, que prefiro estar mais no fundo para não atrapalhar outras pessoas, e ela gosta de sentar-se mais na frente.

Talvez muitas não concordem comigo, e tenham pontos de vista diferentes, mas acredito sim que ali é um momento de reunir a família, compartilhar pequenas inspirações ao longo da reunião, não se distrair com outras coisas. Um dia, talvez meu filho me questione (aliás tenho certeza disso) porque não ir com o amigo em outro banco. Acho que eles terão muito tempo para estar juntos depois, mas, naquele momento, é hora de ficarmos nós reunidos. 

O que vocês acham?

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Sem culpa de ser feliz em um tempinho longe dos filhos

Em abril, fiz uma viagem que sonhei uma vida toda. Foram anos planejando e esperando o dia em que eu pudesse ir, e ele veio então depois de me tornar mãe. Mas, o negócio é que fui com meus pais, apenas nós 3, sem o Mateus nem meu marido Tiago.

Eu e meus pais passamos vários dias fazendo passeios incríveis, e inclusive fomos na Igreja (onde minha melhor definição é "muito diferente, mas é igual também, hahaha"). Meu esposo foi divino: ele tirou férias do trabalho dele no mesmo período em que estive fora, para ficar com nosso baixinho. É claro que foi uma delícia.


Eu estava muito apreensiva na semana anterior à viagem. Além das preocupações normais de qualquer mãe, especialmente de se o pai vai mesmo dar conta sozinho estando tantos dias fora (quem nunca...) o que me veio como um balde de água fria era se eu não estava errada"largando" meu filho aqui pra ir passear e ficar tanto tempo viajando. Me senti a pior mãe, como assim deixar um menininho ir sair no mundo a fora? Me senti culpada, de verdade.

Mas, meu marido "jogou mais um balde" em mim e disse: "está tudo certo, eu estou aqui, os avós também, ele será super bem cuidado e você merece isso. Larga de ser boba e aproveita".

Decidi seguir então o que ele falou e aproveitar. E de fato, aproveitei. Ainda no vôo estava meio pensativa, mas chegando ao destino e fazendo alguns passeios, desencanei, e foi tão bom! Na realidade, senti que precisava mudar os ares e dar uma desligada, um pouquinho só, nessa vida materna.

Isso não apenas me deixou feliz porque amo viajar (sou daquelas que, se dependesse só de mim, mal teria carro e viveria em um cubículo pra gastar em viagem) mas porque deu uma grande recarregada, e me deixou com saudades dos meus amores, de estar com eles em nosso lar. Foi a primeira vez na vida que queria que a viagem acabasse, nos últimos dias, porque estava morrendo de saudades mesmo dos meus meninos, mas ainda assim curtindo o tempinho que estava lá, tudo bem equilibrado.

E isso que é só o primeiro filho! Mas com o primeiro é que vem a reviravolta né... com os próximos você no mínimo já sabe o que esperar, com algumas diferenças, mas não tantas quanto a adaptação da chegada da maternidade. Dar uma relaxada é bom.

Com tudo isso, quero dizer que você, mãe, MERECE ter férias dos filhos. Porque quem é mãe, independente de ser em tempo integral ou não, sabe que é maravilhoso tê-los por perto, mas que eles demandam muitas coisas, o tempo todo, incluindo nossas madrugadas, idas ao banheiro (filho pequeno chegando na porta bem naquela hora... dá pra contar nos dedos quem ainda não passou por isso) e muitas janelas de horários. E todas vocês merecem um tempinho não apenas de 1-2 horas pra ir no salão correndo fazer uma escova no cabelo (já é alguma coisa, mas vc mal desliga), mas de pelo menos 1 dia,um fim de semana, ou período que seja pra vc, de tempos em tempos. Se você tem como dar uma escapada e está com essa dúvida, não hesite: VÁ MESMO!

Se os homens estiverem lendo isso, façam algo por suas mulheres: fiquem com os pequenos para elas terem um fim de semana delas, ou pelo menos programem tudo com pessoas de confiança que fiquem com seus filhos (não vale a mãe fazer a maior logística e vc só ir junto depois) para passar uns dias juntos, relaxar mesmo. Fará muita diferença no final.

E por fim, quando estiverem sem os filhos, pense um pouquinho em você, aproveite, não se culpe. Afinal, quanto mais feliz, bem disposta e alegre você estiver, melhor será para eles... não é de hoje que sabemos o quanto nossas atitudes e emoções influenciam nossos filhos.

Quando você estiver chegando com aquela saudade enorme, vai ver que, a melhor parte da viagem é ver seus filhos correndo pra te receber com o abraço mais gostoso do mundo, sem dúvida!

segunda-feira, 20 de julho de 2015

"É um sustento para minha alma"- por Fabiana Araújo Bertoti Homem

Se tem algo que adoro aqui do blog são as histórias reais. Amo conhecer um pouco mais da vida de pessoas batalhadoras e perseverantes no evangelho e em sua vida pessoal. E antes que esqueça, compartilhe a sua história aqui também! Já pude fazer alguns convites, mas impossível sozinha conseguir convidar a todos. Seu relato pode ser de grande ajuda: trazer ânimo e esperança, ajudar em uma decisão ou mesmo fortalecer a fé de alguém, será um prazer. Acima de todo o post estão as abas de navegação do blog e nas abas participe o blog e de contato tem o que você precisa saber pra enviar sua história para ser publicada!

E hoje teremos a história da Fabiana, do Rio Grande do Sul, proprietária da empresa Fabi Cupcakes Artesanais. Ela aceitou o convite para compartilhar um pouco da sua vida, da decisão de deixar um trabalho formal para seguir algo próprio (que aliás, que azar o meu de estar longe e não poder encomendar uma destas delícias, mas quem sabe um dia eu consigo ao menos provar) , e também de como ele enfrentou suas dificuldades de criança e hoje procura ser forte e manter firme sua família, mesmo que um pedacinho dela já não faça mais parte desta vida mortal (que aliás, já é história para mais um post). E que família especial!

Fabiana, você é incrível, senti sua força só de ler seu relato.Tenho certeza que sua fé irá mantê-la firme e fará você prosperar, e especialmente enfrentar a saudade de estar sem sua pequena nos braços nesta terra. Desejo toda a felicidade do mundo para você, seu esposo e seus filhos!

E aqui vai a história:

A decisão de parar de trabalhar fora, a princípio parece ser muito difícil, ainda mais para uma pessoa independente que começou a trabalhar aos 13 anos de idade como eu. Mas, felizmente para mim foi a mais fácil e feliz decisão! Acredito que foi assim porque a tomei cedo na minha vida, decidi ainda na minha adolescência que quando me tornasse mãe iria ficar em casa e cuidar pessoalmente dos meus filhos, mas claro, se as condições financeiras da minha futura família permitissem.

Tenho 30 anos, sou casada há 12 anos com o amor da minha vida, Everton, temos dois meninos lindos, Henrique com 9 anos e Arthur com 5 anos, temos também nossa florzinha Helena que já não está mais fisicamente conosco.



Sou pedagoga de formação, mas não estou exercendo minha profissão, atualmente atuo em outra área que gosto de dizer que a vida escolheu para mim, a confeitaria! Sempre gostei de cozinhar, mas cai no mundo dos doces de para-quedas, não foi algo planejado, posso dizer que a necessidade me fez confeiteira.

No início de 2012 comecei a fazer bombons recheados para vender, depois vieram os doces para festas, os cupcakes, os bolos recheados simples e assim comecei a pegar gosto por este trabalho e vi que tinha jeito pra coisa...rsrsrs!!!

No final de 2012 fiz um curso de cake designer para trabalhar com pasta americana e me apaixonei, sempre gostei de trabalhos manuais e artesanato, então me identifiquei muito com esta parte criativa da confeitaria.

Hoje trabalho em casa e cuido da minha família em tempo integral, quando os meninos estão na escola eu estou na cozinha trabalhando! Claro que às vezes trabalho com eles em casa, mas eles colaboram muito comigo e meu marido também me ajuda muito nas tarefas de casa e com as crianças. O meu trabalho não sustenta a casa, mas é um sustento para minha alma, me renova, me revigora e claro paga umas continhas. O dinheiro que ganho com meu trabalho já é parte vital de nosso orçamento mensal.

Uma das coisas que mais me deixa feliz com esta forma de trabalho é não ter patrão...rsrsrs! Claro que não é fácil administrar a minha empresa e ser a funcionária mor também, mas ter meu horário flexível, poder deixar tudo de lado para cuidar de um filho doente de dia e trabalhar de madrugada se for necessário, tirar férias junto com meu marido, não perder horas do meu dia no trânsito, levar e buscar os meninos na escola, levá-los ao médico sem ter que pedir atestado ou autorização de alguém, fazer todas as refeições do dia com eles...estas são algumas das coisas que me deixam satisfeita e feliz de trabalhar em casa!
Sou muito grata ao Pai Celestial pela bênção de ter uma família e poder cuidá-la, nem sempre é fácil e as provações estão sempre batendo à nossa porta, mas como dizia meu querido bispo da época de juventude: VALE A PENA!

Posso dizer com certeza que sou uma pessoa realizada e feliz, pois consigo cuidar da minha família pessoalmente, trabalhar em casa com algo tão especial para mim e meus clientes e servir na igreja. Estou simplesmente amando este trabalho que a vida escolheu para mim!






Um pouco de mim: Fabiana Araújo Bertoti Homem, nasci em 11/10/1984 tenho 30 anos, membro da igreja desde criança. Freqüentei a primária, ORM e hoje sou da Sociedade de Socorro.
Servi como secretária e conselheira das moças da estaca, secretária da sociedade de socorro da estaca, presidente da primária da estaca e hoje sou conselheira das moças da ala e professora do instituto da estaca.

Casei em 2003 com 18 anos, com um ex missionário que hoje é bispo, temos nossos lindos filhos e sou grata por tê-los na minha vida!

Sou a irmã mais velha de 5 irmãos...2 irmãs do casamento do meu pai e da minha mãe, 1 irmã e 1 irmão do segundo casamento da minha mãe e 1 irmão do segundo casamento do meu pai.
Meus pais se divorciaram quando eu tinha 13 anos e fiquei em casa cuidando de minhas duas irmãs mais novas, nossos pais saíram de casa e foram refazer suas vidas.


Trabalhei como babá dos 13 aos 17 anos, fiz todo colégio e me formei no magistério com 18 anos, idade que comecei a trabalhar em escolas de educação infantil, com 19 anos entrei para faculdade de pedagogia habilitação em Ed. Infantil. Aos 20 anos no 3º semestre da faculdade engravidei do meu primeiro filho que nasceu em 20 de setembro de 2005, com a ajuda da minha tia e do meu marido que cuidavam do meu filho a noite voltei a estudar em março de 2006. Me formei em janeiro de 2009, em fevereiro engravidei do meu segundo filho que nasceu dia 3 de novembro do mesmo ano. 

Em 2014 engravidei do meu terceiro filho, na verdade filha, que nasceu em 15 de novembro de 2014. Nossa pequena nasceu com síndrome de Edwards, algo que foi detectado só após seu nascimento, em conseqüência desta síndrome grave ela tinha várias cardiopatias e anomalias físicas. Após 74 dias internadas na cti neonatal ela teve alta e passou 13 dias em casa com sua família, conheceu seus irmãos, avós, bisos, tios e primos. Com problemas respiratórios foi internada e ficou mais 4 dias no hospital até falecer. 



Passamos por muitas dificuldades, mas a mão do Senhor sempre esteve sobre nós, senti e sinto até hoje Ele nos carregar no colo! Sou grata pelo evangelho na minha vida e por tudo que aprendemos, com certeza estes ensinamentos são uma dádiva e um consolo para o meu coração. Eu sei que as famílias podem ser eternas!

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Driblando a solidão da maternidade

Quando decidi deixar de trabalhar na multinacional para ficar em casa após ser mãe, passei por algo que nunca imaginei que passaria: me sentir sozinha. Um bebê infelizmente não conversa com a gente por um bom tempo, e por mais que fosse bom demais tê-lo do meu lado, foi difícil (e tem dias que ainda é) ficar apenas com ele.

Minha rotina antiga era cheia de pessoas: problemas para resolver e falar com muita gente o dia todo. Depois do expediente tinha atividades, cursos (fiz faculdade e pós e cursos profissionais também) e no fim do dia, encontrava o meu esposo e passávamos o tempo juntos que sobrava do restinho do dia pra falar de tudo o que havia acontecido.

E de repente, sobrou apenas a parte do esposo, aliás, a menor parte de todas!

Nos primeiros meses, como era inverno, pouco saí para algumas atividades (e quando o fazia era rapidíssimo devido a amamentação + frio), e de vez em quando passava algum tempo com alguma amiga ou pessoa da família. Mas é claro que outras pessoas tem seus compromissos e afazeres, e mesmo fazendo isso na minha casa, então não dava pra sempre fazer algo, e eu senti falta de socializar. Eu mal assistia televisão, e passei a assistir vários programas, era uma companhia. A internet também foi outro consolo e me considerei até viciada nas redes, afinal, era um jeito de tentar se aproximar das pessoas.

Vocês em algum momento se sentiram assim? Se isso aconteceu, eu pelo menos estive nessa como você.

Atualmente, já faço muito mais coisas por aí, com ou sem o pequeno, e me sinto melhor: tenho saído mais e feito mais coisas, mas, se isso está acontecendo com você, eu vou dizer algo que acho que se encaixa na situação aqui: tome a iniciativa e busque companhia. 

Tá, não que seja fácil: timidez, horários e outras dificuldades podem ser complicadas de superar, mas vale tentar e com certeza dá se um jeito. Logo que possível, você pode frequentar alguns espaços públicos, como parques e praças, e geralmente tem pelo menos alguma outra mãe que está com seus filhos. Mesmo que só por aquele tempinho, já pude conhecer e ter boas companhias em locais como estes, e quem sabe dá até formar algumas amizades.

Busque também pessoas com uma rotina parecida com a sua para fazer algo juntas. Talvez aprender algo novo ou mesmo se exercitar. Mães com filhos pequenos podem se encontrar para as crianças brincarem juntas. Dos maiores, elas podem fazer algo novo juntas, e por aí vai.

E com a permissão do meu grupo, vou falar o que ando fazendo e tem me ajudado.

Gostei muito do que minha amiga Sheila,que conheço da Igreja mesmo, fez: lançou uma proposta no facebook. Ela queria perder um pouco de peso e como era difícil fazer isso sozinha, perguntou se alguém topava caminhar com ela,no parque ou na região mesmo, e puxar umas as outras. Eu e mais 2 amigas nos candidatamos: todas temos filhos com idade parecida e formamos um grupinho: duas tomavam conta das crianças enquanto duas caminhavam e nos revezávamos. Apesar de conhecermos umas as outras, não sabíamos que poderíamos ter um tempo juntas e conversando e conciliando os horários, achamos um tempo pra nos reunirmos.

Isso aconteceu faz uns 4 meses. Confesso que não funciona perfeitamente, é difícil a criançada ficar sempre bem e dar certo, mas, a gente se encontra na maioria das semanas, as crianças brincam juntas e nós tentamos fazer nossa caminhada. Se não dá, pelo menos conversamos e socializamos. E acima de tudo, nossa amizade se fortaleceu e tenho apreciado muito. É bom estar entre amigas.



E se você fizer como ela? Pode ser que a pessoa que aceite um convite não seja a esperada, mas pode se tornar algo muito bom daqui pra frente.

E se eu puder estiver por perto, me chame, eu topo muita coisa e quem sabe dá certo!

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Para quem é ou quer ser mãe empreendedora

Eu sei que cada mulher e mãe decide o que quer fazer com seu plano profissional. Algumas optam por não trabalhar e o esposo cuidar da parte material. Outras estão no mercado de trabalho em empregos formais, e outras seguem um caminho próprio de empreendedorismo.

Felizmente, eu decidi (e puder fazer esta escolha, nem sempre todas temos esta opção) por pedir demissão e ter um negócio próprio. Vocês conhecem minha história e sei que assim consigo dar mais atenção à minha família, mas assim o fiz principalmente para ajudar nas despesas da casa e também por realização própria de continuar "me ocupando zelosamente em uma boa causa".

Talvez essa seja uma boa alternativa para outras mães, porque acredito que não significa trabalhar menos, mas sim ter flexibilidade para organizar sua vida. Você estabelece seus horários de trabalho, busca os filhos na escola, faz as refeições juntos, decide onde trabalhar, leva o filho ao médico sem se preocupar com chefe. Claro que vem a instabilidade de não ter um salário fixo, ter que correr atrás de seu lucro sem depender de outros, mas com disciplina e organização, é possível.

Há uns 4 meses atrás já estava com a empresa estabelecida e conciliando a rotina de mãe, líder das moças e empreendedora e fui convidada para falar um pouquinho sobre a história de como comecei e tenho trabalhado com a Inventos em Eventos para a Soc Soc na Ala, em uma reunião chamada "Plano B". A reunião foi muito boa, com exemplos de mulheres que se organizam e dão duro para cuidar de negócios e família, mas ao mesmo tempo são felizes e realizadas por se dedicarem as coisas que amam. Não apenas eu, mas muitas irmãs hoje fazem seus negócios: artesanatos, comércios, serviços, consultorias, tanta coisa legal!

Falei o que eu fazia e como me organizei e inclusive criei uma brincadeira que quero passar para vocês pensarem caso queiram ter um negócio mas não saibam o que fazer. O objetivo era
para as mulheres terem o desejo de encontrarem uma ocupação (que pudesse se tornar um hobbie ou mesmo seu negócio) e isso ser uma oportunidade de aumentar sua auto-estima e confiança.

Criei uma ficha onde a cada participante escrevia seu nome, lê uma breve descrição de seu objetivo, e responde duas perguntas relacionadas ao que ela sabe fazer bem, e o que ela gosta de realizar e fazer sempre que pode.




Elas primeiro deveriam responder as duas perguntas da ficha grande.



Depois de cada pessoa preencher sua ficha, cada irmã passou sua ficha à sua colega ao lado, que  preencheu o verso dela com as qualidades e o potencial que ela enxergava na participante em questão, ou seja, entreguei o papel pequeno para cada uma responder a respeito da pessoa ao seu lado. E as fichas passaram por pelo menos 5 pessoas diferentes.

Por fim, cada pessoa recebe sua ficha de volta e avalia o que escreveu inicialmente, e os comentários das outras irmãs... e assim ela pode pensar e se inspirar para criar algo. A ideia é que a pessoa possa refletir mais tarde sobre seu potencial e talentos, especialmente vendo o que os outros pensam dela, e assim incentivar uma nova ocupação.

É uma atividade bem tranquila, mas todas gostaram e aproveitaram bastante, e muitas saíram animadas para começar algo novo, diferente e de sucesso em suas vidas.

Cada irmã recebeu um bolo no pote de uma das empreendedoras que também falou sobre seu negócio e como ela trabalha. O "B" que era o tema da atividade foi destaque na decoração, além de ser uma delícia.





Minha sugestão é, caso você tenha essa dúvida, faça esse exercício acima e peça para outras pessoas falarem sobre o seu potencial e que isso pode ajudar muito.

Da parte burocrática de como abrir uma empresa, já postei antes alguns links que gosto, mas segue mais uma vez:


* Para abrir uma empresa MEI (microempreendedor) e como ela funciona, benefícios, etc.

* Para dicas e ideias do que empreender e como se organizar, para mulheres e mães (todos eles estão nas redes sociais e vcs podem seguir-los para acompanhar as publicações e novidades)

Estas instituições costumam promover eventos por todo o Brasil, divulgados nas redes sociais, vários deles gratuitos. Participei de alguns e tem sido muito bom fazer contatos e formar parcerias.

* Para cursos online para aprender ou se especializar em algo das mais diversas opções - culinária, artesanato, artes, etc. - há uma assinatura paga para fazer em qualquer horário, mas toda semana há cursos gratuitos se assistidos nos horários disponibilizados por eles.

E fica meu convite para aquelas que são SUD's empreendedoras que contem sua história e falem como vocês equilibram os negócios e a vida familiar, que com certeza irá ajudar muitas outras mulheres!

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Maternidade e a insatisfação alheia

Já perceberam como o mundo ao nosso redor é insatisfeito? Quando estamos solteiros(as), perguntam se não temos um namorado(a). Se existe um relacionamento, perguntam sobre quando vai ter casório. Logo depois de um casamento, não demora muito para perguntarem "quando é que vem um herdeiro". E aí você tem um filho, o que acontece? Já perguntam quando é que vem um irmãozinho... sem esquecer que, se você tem mais 3 filhos, aí já comentam que "você tem coragem de ter tantos filhos"... vai entender!

Imagem: freepik.com

Já passei por momentos assim. A primeira vez que me perguntaram quando que eu teria filhos foi 2 meses depois de casar. Mal eu tinha entrado em nosso primeiro apto. Nada contra quem logo quer tentar engravidar, mas confesso que fiquei surpresa, afinal, eu sou metódica e programada demais, e mal tinha trocado a aliança de mão e já vieram com essa.

Mas confesso que o que me chateava era sobre a gravidez. Por que quem viu o post com minha história, sabe que ela demorou um pouco mais do que eu gostaria. Sei que as pessoas não perguntavam por maldade, mas... enquanto tentávamos, muitos perguntaram quando teríamos filhos, e claro que respondemos que estávamos na tentativa, mas queríamos não dizer que perdemos mais de uma vez, mas que o bebê estava a caminho. Era difícil de ouvir, enquanto outros ao nosso redor podiam dar notícias diferentes.

Enfim, pode parecer desabafo ou vocês discordarem do minha opinião, mas, a não ser que você tenha um relacionamento bem próximo ou conheça bem as pessoas, evite esse tipo de comentários. Eu pessoalmente ficava chateada algumas vezes, tem dias que levamos na boa, mas nem sempre estamos no melhor dia, ou cansamos de responder a mesma coisa. Tem tanto assunto no mundo pra falar, pra que cobrar os outros?

Mas, se isso não acontecer, paciência. Afinal, aprendemos  que é uma grande virtude (pra mim uma virtude gigantesca e que sempre preciso desenvolver), o jeito é ter jogo de cintura e aprender a lidar com o que der vier...

terça-feira, 7 de julho de 2015

"Ser sua mãe é uma honra a sua posteridade e a todas as suas gerações” - Por Priscila Rebicki Prestes

Hoje temos uma história de arrasar neste início de semana no blog. A Pri é uma amiga guerreira e que é um show de exemplo e de pessoa. Sempre foi uma líder animada e querida (tenho um carinho enorme por ela especialmente em meu tempo de moças), fez missão, se formou, se casou e se mudou para Irati - cidade do marido - onde até enfrentou enchente em casa, e lá os dois foram todos os chamados possíveis, pois a Igreja estava iniciando em um pequeno ramo. Enfrentou o desafio de estar longe de sua família, e lá nasceram 2 filhos lindos, que ela cuida com muito amor, além de continuar a trabalhar como professora - e que agora será internacional, por um esforço dela, totalmente merecido.

Além de tantos desafios, nos primeiros anos de vida de seu primeiro filho, veio uma descoberta inesperada: o autismo. Foi um choque, e começou um nova jornada, que ela tem trilhado com muita fé e louvor, o que faz dela mais incrível. Ela conta um pouquinho de sua história e seu relacionamento com o evangelho, mas quem quiser conhecer ainda mais, ela também tem seu blog - esposatpm - e tem muito conteúdo BOM sobre sua vida, o evangelho e outras coisas mais.

Pri, você é uma pessoa incrível: mulher valorosa e poderosa. Eu desejo sempre o melhor pra vc, e nessa nova etapa nos EUA, os alunos mal sabem o quão sortudos eles são por terem uma professora show como você. Realmente desejo todo o sucesso do mundo para você, e muitas bençãos por vir. Quem sabe, um dia, eu consigo te visitar na gringa. Um beijo enorme!

Chega de enrolar, aqui está o relato dela:

Demorei um certo tempo para escrever esse post. Faz alguns meses que a Flávia me convidou para escrever sobre a maternidade na visão de uma mãe de um filho autista. Eu enrolei e demorei porque relembrar o diagnóstico e os primeiros momentos pós diagnóstico abrem uma ferida que ainda não está 100% cicatrizada.

No meu blog pessoal eu escrevi sobre como eu descobri o autismo do Eric e escrevo também uma carta a mãe de um autista, que podem ser encontradas nos links a seguir:


Depois de muito refletir, resolvi escrever sobre isso na perspectiva de uma mãe SUD e como o evangelho me ajuda nesse processo:

Toda mãe SUD ao pegar o filho homem nos braços automaticamente pensa: meu futuro missionário. Meu futuro líder. Então vocês podem imaginar o que eu senti quando me foi dado o diagnóstico.O futuro missionário morreu ali e esse novo menino que eu tinha em minha vida seria o que? Essa incerteza, em um primeiro momento, foi devastadora.
Procurando conforto no templo, eu ouvi o Senhor dizendo claramente a mim que “um dia você vai conhecer a real natureza do espírito do Eric e o fato desse espírito nobre ter escolhido VOCÊ para ser sua mãe é uma honra a sua posteridade e a todas as suas gerações”.



O Senhor me ensinou ali que o que eu tinha nas mãos não era “não-mais-missionário”, me lembrou que seu espírito em minha família me honra e essa é a lembrança que me faz me erguer em momentos de “inveja”, sim porque é impossível não ver um menino da idade dele conversando, brincando e interagindo e não pensar uma vez ou outra momento “é assim que meu filho deveria ser”.

O Eric fará 6 anos em breve e ele realmente é especial. O Eric é um menino autista de alta funcionalidade. Isso significa que ele está ÓTIMO pois ele fala (a seu modo), aprende, freqüenta escola, olha nos olhos, interage (a seu modo), brinca, tem imaginação, abraça, beija, faz mãnha, é teimoso e briga e quem vê de fora não diz que ele é autista.

A verdade é que cada passo da vida do Eric foi acompanhado de jejum, oração e bênçãos do sacerdócio. E cada vez que as coisas estão difíceis eu sei que se eu pedir ajuda do Senhor  Ele vai me responder com inspiração. SEMPRE!

Também sei que minha paciência está diretamente ligada a leitura das escrituras. Não porque o Senhor me “amaldiçoa” por não ler, mas é que o Espírito Santo me fortalece quando eu cumpro esse mandamento.

Cada avanço do Eric foi lento e gradual e cada benção veio em resposta de um jejum.
Eu costumo dizer que o Eric veio a Terra para me aprimorar em meus piores defeitos: ansiedade e falta de paciência (uma ligada a outra certo?). É simplesmente inútil não ser paciente com uma criança autista, porque ficar nervoso não resolve. É inútil ser ansioso porque não tem como prever o que será do futuro dele, mas uma coisa eu garanto: ele me surpreende a cada dia.



Eu tento todos os dias lembrar disso, que eu tenho que ser grata, por cada avanço, por cada palavra e abraço e por ele ter me escolhido para viver essa incrível jornada terrena.
E um dia esse espírito nobre, guardando em uma mente pura e incorruptível vai se mostrar a mim e nesse dia eu vou poder agradecer ainda mais por ele ser meu e por ele ter me levado mais perto de Cristo, me purificando, me fortalecendo, me lapidando, me ensinando...

SOU GRATA POR TER UM FILHO AUTISTA!




quinta-feira, 2 de julho de 2015

Família SUD, preconceitos e discussões sobre relacionamento entre pessoas do mesmo sexo

Quem foi que não acompanhou na última semana a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo nos EUA? Bom, é um tema que não tem como fugir atualmente, está em tudo e em todos os lugares. Como vocês lidam com isso em suas famílias?



Bom, eu quero expressar um pouco da minha opinião, pois penso desde já que meu filho logo fará perguntas e questionamentos e temos que ter sabedoria e estar preparadas para responder qualquer um deles, deixando preconceitos de lado e explicando que pessoas com opiniões diferentes também podem conviver em harmonia.

Muitos amigos meus e membros SUD compartilharam sua opinião em relação a união entre pessoas do mesmo sexo, felizmente, todos os meus conhecidos o fizeram de forma respeitosa e amorosa. Nossa religião não concorda com a prática, mas a respeita. Eu digo o mesmo, afinal, temos um princípio importantíssimo relacionado: o livre arbítrio. Mesmo que diferente ou errado em nosso ponto de vista, não podemos tirar a liberdade de escolha de ninguém certo?

Em cada geração acredito que há polêmicas, o mundo muda e sempre haverá discussões. Pensem: quando meus pais tinham minha idade, se alguém fosse "morar junto" ou tivesse relacionamento sexual antes do casamento, minha nossa... especialmente a moça era transformada no diabo: não servia para casar, era um absurdo um casal "se juntar". Hoje, convenhamos que é extremamente comum casais terem relacionamento sexual, morarem juntos e aí sim oficializarem a união. Nós convivemos com isso atualmente e o que os SUD's fazem? Respeitam, mas não agimos da mesma maneira: acreditamos na castidade e esperamos até o casamento para ter algum tipo de relacionamento sexual.

Hoje vivemos a polêmica dos relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo. O que acho que devemos fazer? Respeitar, mas não agir igual, assim como mencionei acima. Eu acredito que não vai mais ser possível não se deparar com relacionamentos homossexuais por aí: na mídia, na rua, na escola, no trabalho, em todo o lugar. Era algo que já existia, mas cada dia mais está mais habitual por aí. Podemos até nos incomodar, mas se temos o direito de querer barrar isso, pessoalmente, acho que não, afinal, LGBT's querem terem os mesmos direitos perante a lei, e não quebrá-la.

O que eu devo falar para meus filhos sobre isso?

Que civilmente, temos que demonstrar respeito. Como cristãos, devemos demonstrar amor. Mas que nós acreditamos que Deus instruiu-nos a nos casar, e que o casamento deve ser feito entre homem e mulher. Mesmo assim, se alguém pensa ou age de forma diferente, podemos ter amizade, sermos respeitosos e amorosos com todos, só que, como acreditamos em Deus e no que Ele instrui, não faremos a mesma coisa. Que se meu filho ver um casal de homens na rua ele saiba que eles tem o direito de estarem juntos, mas que nós acreditamos que não devemos fazer a mesma coisa.

Há tantas coisas para se falar e pensar, tantas dificuldades nesse mundo de hoje... mas, uma coisa é fato: temos que nos preparar. Não acho que devemos esconder isso de nossos filhos. Não significa que vamos ficar assistindo filmes e programas sobre isso, mas querer esconder eu acredito ser pior: pois se não formos os primeiros a tocar em assuntos delicados com nossos filhos, vai ser algum amigo, um outro familiar, uma outra pessoa que nem mesmo conhecemos nessa internet. Tenho certeza que é um assunto muito difícil de conversar e explicar para alguns pais, mas, a informação tem sido rápida demais hoje em dia, temos que ser os primeiros, temos que ser nós a instruir nossos filhos, ajudá-los a compreender o que acreditamos e enfim, um dia deixá-los defenderem o que acreditarem.

Mas agora tem a cereja do bolo pra mostrar como nós mórmons podemos sim viver em harmonia com pessoas diferentes de nós. O atual apóstolo, Élder D. Todd Christofferson tem um irmão gay. Sim, ele é apóstolo, seu irmão é gay, que se afastou mas hoje voltou a frequentar a igreja, e fala abertamente que a união familiar é o que mais importa, e mesmo assim, também não sugere que a Igreja mudará sua posição em relação ao casamento. Isso é tudo o que precisávamos!

O vídeo está no link abaixo, pena que apenas em inglês, mas dá pra entender bem é curto e claro.

http://kutv.com/news/local/lds-leader-uses-family-as-example-of-harmony-between-church-gays

Como vocês tratam deste tópico em suas famílias? Compartilhem conosco suas experiências (afinal é delicado para todos nós).