quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Escreva seu testemunho

Este post vem através de uma experiência que passei alguns dias atrás, e isso me fez perceber a importância de não apenas prestar meu testemunho, mas de registrá-lo para hoje e para o futuro das próximas gerações - começando por nossos filhos.

Imagem: Freepik
A história começa 10 anos antes disso, então, tenham paciência, mas está bem resumida, ok?

Quando meu esposo foi para a missão nós já éramos namorados. Eu decidi terminar o namoro, porque apesar de já amá-lo, eu tinha uma incerteza de que era realmente ELE quem seria meu esposo. Mas, mantivemos o contato, claro que eu desejava que ele fizesse uma missão bem sucedida e esperava por suas experiências espirituais.

Quando ele partiu, pensei o quanto estaria dedicado ao evangelho e iria progredir por ter um contato constante com as escrituras, os membros e tudo mais. Decidi que também queria crescer espiritualmente como ele de alguma maneira, e optei por melhorar com um plano de estudos pessoais mais arrojado.

Era início de ano e aumentei meu tempo de estudo. Comecei a estudar o Livro de Mórmon junto com seu respectivo Manual do Instituto, que era o curso do ano. Inclusive mudei de turma no instituto, pois não estava me concentrando bem na aula que assistia, e um grupo menor em um horário alternativo fez muito bem pra mim.

Neste primeiro ano, já senti uma diferença muito grande de compreensão das escrituras e que tinha aprendido muito, concluindo tanto a leitura do Livro de Mórmon como do Manual. Por isso, decidi que faria o mesmo com as demais 3 obras padrão que estudaria no instituto.

Aí peguei o manual de Doutrina e Convênios e vi que ele era O DOBRO do manual do Livro de Mórmon. Fiquei inicialmente preocupada se daria conta, mas refleti que eu não estava em uma corrida e que eu deveria usar o tempo que fosse necessário para o estudo, afinal, não teria problema finalizar ou não o livro no ano regular desde que estudasse diariamente: era mais importante compreender os ensinamentos. Assim, demorei 1 ano e 4 meses para concluir esta segunda obra.

Aí a coisa começou a pegar.

Quando chegou a vez do Velho Testamento, além da complexidade e maior atenção que alguns escritos deveriam ter (pessoalmente, se você acha Isaías complicado, experimente Ezequiel: o primeiro capítulo já dá uma bela prova do que vem pela frente), fui surpreendida com o fato de que não era 1, mas 2 MANUAIS do MESMO tamanho do de Doutrina e Convênios como auxílio de estudo. Já estava "atrasada" e só pensei, "vixi, agora já era". Fui em frente, mas já desisti mesmo de concluir mais cedo a leitura das obras.

E claro que junto com tudo isso ao longo dos anos, a vida mudou. Cursei meu último ano de faculdade, fiz TCC e me formei. Meu namorado voltou, vimos que era pra ser nós dois mesmo, noivamos e casamos. Fiz uma pós-graduação e trabalhei por 7 anos em uma empresa boa, mas que exigiu bastante de meu tempo e trabalho. Servi nas moças por 7 anos também, e inclusive me formei no Instituto nesse período, afinal eu frequentei certinho as aulas. Por fim, meu menino nasceu e trouxe muitas bençãos, aprendizados, e claro, mais mudanças em nossas vidas.

Outras opções relacionadas ao estudo das escrituras surgiram também: além da preparação de aulas, atividades e discursos, tinha a leitura da Liahona, das aulas dominicais e outros 2 desafios de leitura surgiram no meio do caminho: um do Livro de Mórmon e um de Jesus, O Cristo da Soc Soc de nossa ala, que fiquei feliz por cumpri-los também.

Então, a minha leitura das obras padrão "atrasou" bem mais que o previsto. Foram mais de 3 anos para concluir o Velho Testamento, e por fim faltou o Novo, que felizmente era 1 manual - do grande - mas 1 apenas. E consegui me enrolar pra ler este também: foi na época da gravidez, e eu sempre estudava as escrituras, mas estudava pouco este livro em específico, e  nesta enrolação foi mais 1 ano.

Neste 2015, decidi que era hora de terminar o que havia começado há tanto tempo e me concentrar, afinal, faltava apenas a metade do novo testamento. Me planejei e por fim, em outubro/2015, eu terminei meu projeto pessoal e li as 4 obras padrão e seus respectivos manuais. Senti uma alegria e satisfação muito grandes por isso.

Aí - que agora finalmente entra o título do post - decidi escrever em meu diário este "feito". Escrevi algo similar ao que relatei acima de todo o processo e meu testemunho de quão importante esses anos de experiência e estudo foram pra mim, e como isso fez crescer o amor pelas escrituras e pelo evangelho. Prestei meu testemunho em uma tarde  qualquer do dia a dia, e tive um sentimento incrível de aprovação do Espírito ao assim fazê-lo, que ficará em meu coração.

E depois, pensei na importância deste registro para meu menino e outras gerações que vieram em minha família, este um dos legados que gostaria de deixar, e como eles vão saber da minha fé se eu não parar de vez em quando para registrar meus sentimentos e meu testemunho do Salvador?

Por isso, desafio vocês a registrarem seu testemunho.

Escrevam suas experiências espirituais e como isso as fortaleceu;
Escrevam como seu testemunho as mantiveram firmes em tempos difíceis;
Escrevam seu testemunho do Salvador, e como seu exemplo e amor fazem toda a diferença.

Espero que isso um dia os influencie, e que os mesmos sentimentos doces que tive possam tambérm surgir no coração de minhas futuras gerações através do que escrever. Isso nos marca, é muito especial.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Estar bem por eles

Estes dias estava conversando com uma amiga querida que precisou tomar uma decisão difícil porque precisa cuidar de sua saúde. Ela me falou algo que me tocou bastante: preciso estar bem para cuidar das minhas filhas.

E ela estava certíssima e me levou a pensar e tomar algumas decisões... e a escrever este post.

Um dia em que eu estava realmente bem!

Quando eu tinha uns 12 anos (e isso é o que eu me lembro, se não for antes) sempre espirrei muito. Vivi todos os anos com dores de cabeça, coriza, resfriados e gripes constantes, até mesmo no verão pegava dessas, mas... nunca fui descobrir a real causa e fazer um tratamento. Fiquei com "é algum tipo de rinite" e não fiz nada por isso. Tive dias bem ruins, mas sempre sendo a "fortona" achando que ia dando um jeito, levando "nas coxas".

Convivi com isso até hoje, passados tantos anos, mas quando meu filho começou a apresentar sintomas assim, já falei com a pediatra, fizemos exames e até cirurgia de remoção de adenoide (ele tinha muito) ele fez e isso o ajudou a respirar e dormir melhor. E depois de tudo isso ter acontecido e de ter escutado da minha amiga que "precisamos estar bem para cuidar deles" eu decidi que já estava mais do que na hora de ver e tratar isso que tenho, e fui na minha primeira consulta ao otorrino semana passada, finalmente.

Não sei explicar exatamente o porquê de não ter visto isto antes, já que tenho condições para... talvez preguiça, falta de tempo por não me organizar, sei lá... só sei que eu preciso estar bem - de todas as maneiras e em todas as necessidades, para cuidar da minha família. E acho que todas nós temos que buscar isso.

Meu problema, felizmente, é muito pequeno comparado a tantos outros de tantas outras mulheres valorosas que conheço - e não conheço. E cada uma de nós tem problemas diferentes, que desafiam nossas vidas. Não importa se é financeiro, emocional, pessoal, ou seja o que for. Muitas vezes apenas pensamos no bem estar dos outros. É algo maravilhoso, mas, não podemos esquecer que, se nós não estivermos bem, nós não conseguimos ajudar, cuidar e servir, a família e ao próximo. E todas nós merecemos estar bem.

Um exemplo clássico: se você está num avião e cai a máscara devido a cabine despressurizada (nunca conheci ninguém que usou, mas melhor não né), pede-se para colocar primeiro em você, e depois no filho ou pessoa ao lado. Se você desmaiar, ninguém fica bem, não é? Bombeiros e médicos usam este método em situações de emergência: eles precisam estar bem e seguros para poder conseguir socorrer outras pessoas com as habilidades que as pessoas que não são profissionais não possuem.

E convenhamos que isso vem totalmente de encontro com os ensinamentos de autossuficiência que tanto escutamos de nossos líderes. Precisamos buscar nossa autossuficiência material, emocional e espiritual para poder cuidar e servir, não é? Muito melhor pagarmos o fundo de jejum do que utilizarmos ele, não concordam?

Entendo que cada situação é diferente, mas desafio a mim (já comecei minha parte) e à vocês a cuidarem de seu bem estar.

- Se algo em sua saúde está te incomodando, marque uma consulta, mude hábitos, busque melhorar.

- Se suas finanças não estão em ordem, encontre meios de economizar, trabalhar em algo diferente, conseguir mais dinheiro de uma forma digna, mesmo precisando se reorganizar ou trabalhar mais.

- Se você não está emocionalmente bem, procure profissionais e mesmo seu bispo e lideranças. Alguma maneira de consolar e ajudar vai surgir.

- Se você sente-se mal espiritualmente, seja por algum pecado ou algo de errado, o perdão existe para todos. Ore e peça a Deus para guiar suas ações, e assim se livrar deste fardo.

- Seja qual for o problema, busque ajuda, para um dia você poder ajudar também.

Desejo que todas mães e famílias SUD possam ESTAR BEM, para que possamos fazer mais por nossos esposos, filhos e ao próximo de modo geral!


terça-feira, 3 de novembro de 2015

Economizando em tempos de crise - 7 sugestões para ajudar nas finanças da casa

Estamos passando por tempos difíceis. Claro que a vida nunca foi moleza, mas há altos e baixos no que se diz a economia e este, como todos sabemos, definitivamente é um monte mais delicado. Eu acredito que vai passar. Meus pais passaram por momentos assim, meus avós também, uma hora passa e vamos superar isso. E claro: não é a toa que apóstolos e profetas atuais já falaram muito sobre o assunto autossuficiência e da importância que temos que dar à ela.

Mas enquanto a calmaria não chega, o que podemos fazer para driblar as dificuldades financeiras, especialmente como mães e responsáveis pela economia doméstica de nosso lar?

Imagem: Freepik

Eu tenho aplicado algumas coisas aqui na minha casa - algumas novas; outras que já são hábitos; e ainda estou buscando melhorar, retomar e colocar em prática e que já sabemos que podem ser úteis.

Aqui vai uma seleção geral de ideias, desde dicas pequenas e práticas até hábitos financeiros saudáveis de toda uma vida e que podem ser muito úteis. Vamos lá:

1. As finanças da família devem ser compartilhadas entre todos. Não adianta só um pessoa - geralmente o homem - tomar conta do dinheiro sozinho. Marido e esposa devem conversar, planejar e saber onde e o que será gasto ou não. Os filhos também devem ser envolvidos, mesmo quando pequenos, afinal, eles precisam entender porque não é possível comprar determinadas coisas e realizar determinados gastos. Com isso claro para a família, é mais fácil de gerenciar o todo.

2. Façam um orçamento. São dois pontos importantes: levantar todos os gastos que a família realiza todo mês - incluindo os pequenos gastos de banquinha, lanche e outros quando a situação está mais apertada; e também estabelecer determinados valores que podem ser gastos com cada coisa mensalmente, de acordo com os salários e rendimentos da família. Quando não temos orçamento, muitas vezes não percebemos se estamos gastando mais do que podemos. E só conseguimos visualizar tudo claramente quando anotamos e vemos aonde está indo o dinheiro. E assim, podemos fazer os ajustes necessários. Pode ser chato, mas será econômico.

3. Encontrem alternativas para contas e gastos fixos. Tem algumas coisas que não tem como fugir, gastos com água, luz, telefone, mercado e transporte não são opções que podem ser descartadas - mas podem ser diminuídas, e existem sim alternativas para isso, e com um pouco de pesquisa e criatividade, dá para criar alguns novos hábitos. No caso da luz, aparelhos desligados mas ainda assim conectados na tomada gastam energia, então, dá para tirar da tomada muita coisa. Precisa trocar lâmpadas? Verifique as opções e modelos para comprar as mais econômicas, pode ser um pouquinho mais caro pra compra, mas o resultado vem depois. No caso do telefone, renegocie planos, estabeleça novos limites, use aplicativos gratuitos e a internet para se comunicar. No transporte, substitua o carro por bicicleta ou por uma caminhada eventualmente, divida uma carona para ir trabalhar. E por aí vai, te muitas maneiras de melhorar os gastos.

4. Mercado: dá para diminuir sim. Um dos grandes vilões é o mercado, afinal as opções - e preços - assim como nossa vontade de adquirir muitas coisas, é grande. Mas tem como sim melhorar e gastar menos, basta estar atenta e ser disciplinada. Aqui tem umas dicas bem interessantes tiradas de um artigo bem bacana:

Fonte originalhttp://www.bandab.com.br/jornalismo/proteste-aponta-os-supermercados-mais-caros-e-mais-baratos-de-curitiba-confira/

– Leve sempre a lista do que precisa comprar e mantenha o foco nela. A disposição dos corredores mistura itens muito vendidos com outros nem tanto – assim, a caminho do que você realmente procura, é grande o risco de comprar aquele supérfluo de embalagem bonita.
– Nem sempre os produtos em promoção são os mais baratos. Acostume-se a olhar a prateleira com atenção antes de escolher o que vai levar.
– Uma conta que pode virar economia: divida o preço do produto pela quantidade descrita na embalagem. Há casos em que vale mais a pena comprar dois pacotes de biscoito de 50 gramas cada um do que um de 100 gramas.
– Procure calcular o preço do produto por unidade de medida para comparar os preços de embalagens de tamanhos diferentes. Isto também facilita a comparação de preços entre produtos diferentes, mas de qualidade semelhante. Também evita casos de maquiagem de produto, em que o fabricante reduz o volume e não diminui o preço proporcionalmente A informação de preço por quilo ou litro serve como alarme para essas mudanças.
– Saiba que espaços localizados na altura dos olhos comportam produtos da marca top de linha – que costuma ser a mais cara e, por isso, a mais rentável. Ao alcance das mãos estão os que podem ser levados por impulso. Embaixo, os que chamam a atenção da criançada, principalmente nas seções de doces e brinquedos.
– O consumo de frutas, legumes, verduras e pescados de época, além de garantir produtos de melhor qualidade e maior valor nutricional, pode gerar uma grande economia no final do mês.
– Ao comprar carne, verifique se há manchas. Muito líquido dentro da bandejinha pode indicar data de validade vencida. Verifique se os pedaços mais gordurosos não estão camuflados dentro da embalagem.
– Reparou que supermercado não tem janela nem relógio? É para fazer você perder a noção da hora, o que tende a aumentar o gasto médio por cliente.
– Produtos mais tentadores (e caros) não ficam na entrada à toa. Ovos de Páscoa, por exemplo, estão ali para combinar o apelo com o carrinho ainda vazio. Por outro lado, as gôndolas próximas aos caixas estão repletas de produtos pequenos, capazes de caber mesmo num carrinho lotado.

5. Desapegue e venda: se você está precisando levantar um dinheiro, você pode vender muita coisa sua que está parada ou que tenha pouquíssimo uso, e vale de tudo: roupas, artigos para a casa, eletros, livros, brinquedos... seja o que for, você pode vender um item em bom estado mas que você não está mais usando pela metade do preço de um novo, mas ainda assim de boa qualidade. É bom para você e para o comprador. Você pode usar as redes sociais e mesmo sites de negociação - como a OLX (e nem estou ganhando nada com isso!) que funcionam, e sair com o dinheiro no bolso. Apenas atenção para não trazer ninguém para sua casa que seja desconhecido. Se vender para alguém que você não conhece, combine um local público, como o shopping, ou no máximo em frente à sua casa, sem a pessoa entrar, por segurança.

6. Faça um armazenamento: nem precisamos falar muito disso, certo? Mas você pode garantir a alimentação de sua família no caso de um desemprego, falta de dinheiro, e mesmo uma catástrofe... são tantos motivos lógicos, todos temos que ter - e cuidar do nosso armazenamento

7. Seja previdente como um todo: toda economia é bem vinda, assim como tudo relacionado a vida previdente. Ter uma poupança, não gastar mais do que ganhar, fazer armazenamento, ter um plano de saúde, ter seguro de carro, casa e vida, etc.

Dá para fazer muita economia em vários outros tópicos: manutenção de carro, compra de medicamentos e itens de farmácia, e principalmente nas refeições fora de casa e programas de lazer. Sejam criativas, e nada de serem preguiçosas, isso faz a maior diferença!

Este outro artigo tem mais algumas dicas ótimas também:

http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/noticias/12-maneiras-de-enxugar-o-orcamento-para-ontem

Bom trabalho para todas nós!