segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Organizando a casa: Parte 1 - Cozinha com caixas identificadas para alimentos

Acho que comentei antes, mas me mudei recentemente de apartamento. Estou muito feliz com a mudança, pois apesar do apto ser do mesmo tamanho que o nosso antigo, temos um condomínio com muito mais vantagens, um apto com vista e com sol (não tínhamos nada antes) e usamos algumas economias para planejar alguns móveis, especialmente para o lado funcional. A nossa ideia e desafio é ter um lar funcional: agradável, organizado e espaçoso, mesmo sendo um apê pequeno.

Então a partir de hoje vou lançar a série "organizando a casa" de algumas adaptações e dicas que apliquei em por aqui e que tenho achado bem úteis. Ao longo das semanas vão surgir posts disso.

Vou começar com os alimentos de nossa cozinha. Nós temos armários altos, acima da pia, que são muito bons, e possuem boa profundidade. Tem um bom espaço, mas, com exceção da parte da frente da primeira prateleira, eu precisava subir em uma escada quase que todas as vezes que ia cozinhar para pegar os alimentos da parte de cima do armário ou do fundo. Além disso, não guardava as coisas como devia por essa dificuldade e era fácil começar a bagunça, e sempre esquecendo aonde estava o que eu precisava.

Então, decidimos por usar cestos plásticos, que ficassem fáceis de manusear e de puxar, o que precisa e devolver. Nossa, ficou muito mais fácil! É difícil encontrar um cestos com medidas exatas, então vale pesquisar mas dá pra comprar em tamanhos diferentes que fica ótimo também.



A segunda parte ficou por conta da organização com etiquetas do que tem dentro. Quem conhece os 5'S (vale jogar no google pra entender esse método japonês de organização, aprendi muito com isso enquanto trabalhei na indústria e é perfeito para a casa também) é a ideia de identificação que facilita mesmo. Escrevi os itens gerais em cada um deles com etiquetas simples que estavam sobrando aqui, mas nada que papel e durex também não seja suficientes.




Enfim o resultado final e que ficou super prático foi esse (quase tudo nas caixas, deixando apenas garrafas e algumas latas - fáceis de manusear - fora delas:



Ficou mesmo super prático, de verdade!

Em breve, mais ideias do que tem funcionado aqui!

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Recursos infantis que preparei: Cartões do Evangelho

Para as mamães de pequenos, resolvi compartilhar algo que inventei aqui. Meu filho gosta muito de livrinhos e quadros de gravuras, e alguns dos que mais chamam a atenção dele são os livros "clean", ou seja, que sejam simples no visual. Por exemplo: ele tem um livro dos Meios de Transporte e em cada página tem apenas um desenho do veículo - avião, caminhão, etc - com um fundo liso colorido e escrito o que é abaixo. É bem fácil, obviamente, dele ver e entender o que é, sem outras paisagens, textos e elementos junto.

Queria fazer algo mais voltado para o evangelho nesse sentido e com carinha infantil, então, decidi montar algo nesse estilo que imaginei que ele fosse apreciar, e ao mesmo tempo ensinar as palavras, termos e personagens das escrituras e do evangelho como um todo. 

Pensei em usar as próprias gravuras do site de imagens oficial da Igreja, que são ótimas e de boa variedade, mas os desenhos são todos preto e branco. Não queria fotografias e pensei que este recurso ele também vê no berçário, aí pensei em uma outra opção que deu certo da maneira que eu queria.

Existe uma americana que cria designs com temas do evangelho e são super fofos. Ela vende no portal Etsy alguns kits gráficos maravilhosos (incluindo um que super queria da Criação), mas ela possui um blog onde disponibiliza gratuitamente alguns dos desenhos para uso pessoal. Então, salvei todas as gravuras que mais gostei e montei pequenos quadros usando o que tinha. Este é o blog:


Foquei no que tinha do evangelho e coloquei tudo no coreldraw para trabalhar com estes desenhos, e para fechar algumas histórias e raciocínios, usei alguns vetores do portal freepik (no caso de animais, plantas, etc.) que adaptei com contornos para ficar no mesmo padrão das gravuras, e assim, montei cartões com toda a junção das ideias. Imprimi em casa e colei em papel colorido de fundo, e encapei com papel contact. Voilá:



Já vi meu pequeno apontando e assim eu tenho a oportunidade de falar do evangelho de uma forma simples, identificando pessoas, princípios, locais... fiquei feliz com o resultado!

Acho que outras mamães também iriam gostar deste recursos, então abaixo segue os arquivos de imagem que preparei, fiquem a vontade para usar! O tamanho é A5, que é a metade uma folha normal de A4, porque acho que fica em um tamanho bom pra carregar na bolsa e manusear, mas claro que vocês fazem como preferirem.

Ah, alguns personagens foram repetidos e adaptados (como o Rei Benjamin e Noé) pra poder montar a ideia, já que usei apenas os vetores gratuitos, mas deu certo mesmo assim!
















E aí, o que acharam?
Comentem com suas opiniões e sugestões =)

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

7 Dicas diferentes - e práticas - para armazenamento doméstico

Para quem é membro há muitos anos, já ouvimos muito sobre armazenamento, que às vezes parece até chato falar novamente. Tem pessoas que não tem muito desejo de participar de qualquer atividade relacionada a isso, do tipo "já sei o que é como faz, não preciso estar nessa atividade", mas... eu vejo o mundo hoje, e o quão urgente é o armazenamento, já pensaram nisso?

Imagem: Moda Gourmet

Nosso país - assim como muitos outros vive tempos de crise (não se iludam achando que aqui tá complicado, inclusive a Europa, como Grécia, Espanha e Portugal estão em tempos difíceis, e vá para os metrôs da França pra ver a pobreza que está lá, e podia falar de muitos outros). Catástrofes naturais ocorrem sem menos esperar e destroem cidades de inteiras. Fora desemprego ou mesmo acidentes domésticos. Já tive familiares meus que tiverem incêndio dentro de casa. Enfim... pode acontecer sim a qualquer momento, com qualquer pessoa. Não acham que o profeta Gordon B. Hinckley, que falou muito disso, não estava 100% inspirado e com razão?

Então, depois dessa reflexão, e de já ter aplicado algumas ideias, quero dar algumas sugestões que vão além de comprarmos arroz e feijão e colocarmos com alho e fita em garrafas PET (o que já é bom). Autossuficiência é mais do que isso, e apesar de com certeza ter muito mais ideias disso, acredito que estas dicas extras são excelentes, especialmente pra quem quer começar:

1. Aproveite as promoções: muitas vezes vamos às compras e vemos alimentos com bons preços e com data de validade até mesmo longa, mas não compramos muito, afinal não tem necessidade de tanta coisa pra família em determinado período. Mas quando falamos de armazenar, vale comprar em quantidade maior.

2. Reuna amigos e familiares e compre por atacado ou com desconto de lojista: Em tempos de crise, quaisquer alternativas mais em conta valem a pena né. Converse com outras amigas para comprarem juntas os alimentos que todas as famílias precisam e consigam um bom desconto pelas maiores quantidades!

3. Faça para 1 semana: Minha querida amiga Eti me deu essa dica semana passada que achei super inteligente de uma irmã de sua ala: comece pensando nas 3 refeições do dia de 1 semana, e o que você comeria nesses dias. Escolha esses alimentos para armazenar e a partir disso, você pode continuar, inclusive bem dentro de sua realidade familiar.

4. Tenha um armazenamento de emergência: No caso de uma catástrofe, como uma enchente, fica difícil consumir alimentos que necessitem de preparo. Tenha algo para pelo menos 1 ou 2 semanas no caso de uma emergência, uma caixa por exemplo, com alimentos simples e de consumo imediato: enlatados como milho, atum, ervilha, etc; barras de cereal, biscoitos salgados e doces, bebidas de caixinha.

Também aprendi uma técnica muito bacana no caso de uma fuga, como em um incêndio, ou um acidente. Trata-se da mochila de emergência. Preparei este material para uma atividade e aqui vão algumas dicas bem bacanas.

MOCHILA DE EMERGÊNCIA
"Se estiverdes preparados, não temereis" D&C 38:30

Nunca sabemos quando uma eventualidade pode nos afligir. Podemos passar por uma enchente, incêndio, até a queda de um avião em nossa casa... Mesmo que improvável, é possível, e se estivermos prontos enfrentaremos a situação com mais facilidade.

A mochila de emergência foi uma ideia criada pela cruz vermelha para enfrentar situações extremas e sobreviver por até 3 dias nestas condições. Podemos adaptá-la para nossa realidade.

COMO DEVEMOS PREPARÁ-LA? 

- Escolha uma mochila ou bolsa que seja fácil de manuseá-la, no caso de ser a única coisa que consiga pegar da casa em uma emergência;

- Deixe-a em um local de fácil acesso, próxima a saída de sua casa;

- O ideal é que cada membro da família tenha a sua, mas no mínimo organize uma mochila que contenha os itens essenciais para todos.

- Certifique-se que todos os membros da família, incluindo as crianças, saibam onde está e como usar a mochila.

- Revise sua mochila semestralmente para verificar se tudo está atualizado e dentro da validade.

O QUE COLOCAR NA MOCHILA

*** Plano de emergência familiar, contendo contatos / endereços de pessoas, médicos conhecidos e o que for considerado importante.

*** Cópia plastificada de todos os documentos dos membros da família. Fica de sugestão deixar um pen drive e nele incluir o scanner de documentos, assim como fotografias e demais registros da família.

Suprimentos

- 2,5L de água;
- comida de consumo imediato (barra de cereal, biscoito, enlatado); 
- medicação específica / primeiros socorros;
- uma muda de roupa;
- lanterna e pilhas;
- fita crepe;
- canivete;
- fósforos; 
- capa de chuva;
- cobertor;
- kit higiene pessoal (pasta e escova de dentes);

Quem possui bebês pode considerar: 

- creme para assadura;
- lenços umedecidos; 
- fraldas.

5. Revise periodicamente seus suprimentos: os alimentos tem validade, mesmo que armazenados em melhores condições. Eles possuem durabilidade maior, mas não eterna! Se tiver passado um tempo muito longo, é simples: utilize o armazenamento, e substitua por novos alimentos a sua reserva.

6. Armazene alimentos e suprimentos que toda a família goste: não adianta armazenar aquilo que vocês pouco comem, ou marcas que vocês nunca usam, só pra ter. Para inclusive fazer os revezamentos, armazene aquilo que faz parte do dia a dia da família.

7. Seja previdente como um todo: Não é só de comida que vivemos. O ideal é sermos autossuficientes como um todo. Por isso, algumas ideias extras:

- Uma reserva financeira em um banco, dentro de um investimento que renda juros, mesmo que seja uma simples poupança.

- Uma reserva de dinheiro em espécie dentro de casa, em um local seguro, para eventuais necessidades maiores e emergências.

- Um plano de saúde ou um valor expressivo de dinheiro para um tratamento de saúde mais sério, cirurgia, medicamentos, etc.

- O maior nível instrução e formação possível, onde a família tenha alternativas para ganhar dinheiro em eventuais necessidades, como uma demissão: toda a família pode buscar um ensino técnico ou uma faculdade (nunca é tarde pra começar); fazer cursos profissionalizantes ou mesmo cursos pela internet: há muitas opções, inclusive gratuitas.

Vamos começar e repensar a partir de agora?

Tem mais dicas de armazenamento? Compartilhe comigo para ajudarmos mais pessoas!

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Monitorar e acompanhar para proteger

Este não é só um topico SUD, mas muito além disso.

Normalmente já somos aconselhados como pais a acompanhar a vida de nossos filhos. Naturalmente, para ensinar o evangelho, ajudá-los a adquirir um testemunho, e para se protegerem dos perigos que existem mundo a fora.

Neste fim de semana, participei da conferência da minha estaca onde foi muito tratado o tema de conselho familiar, e sobre a família em geral. Este tema será tratado em muitas conferências do Brasil, a Igreja já tem falado muito disso e tratado desse tópico com muita ênfase. Um dos membros da presidência mencionou aos pais que eles deveriam sim monitorar seus filhos, dar uma "espiada" e saber inclusive senhas na internet e acessos nas redes sociais. Alguns podem até achar exagero, mas... no mesmo dia eu vi este video abaixo.


Basicamente, você consegue fazer um perfil falso em poucos minutos, e consegue conquistar a confiança de um jovem em poucos dias. E essa pessoa pode ser qualquer um - bem ou mal. O que mais me chamou a atenção foi a decepção e a tristeza dos pais, que estavam na esperança de que suas filhas não se encontrariam com um estranho. Pois é.

Os jovens - e mesmo crianças - geralmente acham que sabem com quem estão lidando. Brigas são constantes com pais em casa, certo? Mas que mãe ou pai trocariam algumas brigas por monitorar ou desconfiar de algo errado pela vida de seus filhos?

Não sejamos negligentes: sejamos insistentes, mesmo que isso custe muito de nossa paciência, dedicação e mesmo de nosso amor e carinho. Saber com quem vai, onde, horários, o que vai fazer, o que vê e como usa nas mídias, conhecer seus amigos (e fazer amizade com eles, porque não?) e observar comportamentos - mais agressivos, depressivos ou diferentes, é nosso dever acompanhá-los, para protegê-los destes e tantos outros perigos. Não precisa sufocar o jovem e ligar a cada 15 min, mas fazê-los compreender esta necessidade e estabelecer um elo de confiança dentro do lar.

Filhos podem não gostar, eu mesma tenho experiência disso, mas um dia, mesmo que distante, eles hão de entender, e será para o bem de toda a família!


segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Por que precisamos falar de absolutamente tudo com nossos filhos?

Porque se não formos nós - os pais - que falarmos, eles vão encontrar respostas em outro lugar neste mundo. E será que estas respostas são o que desejamos para eles?

Imagem: Freepik

Nas gerações passadas, e mesmo na minha, muitas perguntas consideradas difíceis e de assuntos polêmicos - como de relacionamentos sexuais, drogas, comportamentos fora do comum, etc - não eram respondidas. Muitos pais - por medo, vergonha, dificuldade de lidar com o assunto, entre outros motivos - não conversavam abertamente com seus filhos sobre estes tópicos. Às vezes explicavam algo superficialmente, e em outros casos a conversava encerra na própria pergunta, com um "isso é coisa de adulto". Ou ainda inventava-se alguma coisa pra falar. Eu até acredito que a história da cegonha para explicar a chegada de um bebê tenha forte relação com isso.

Ainda que a curiosidade da criança ou do jovem persistisse, quase todas as famílias seguiam esse modelo, e sem muitos recursos para procurar informações, a pergunta não ia muito pra frente. O assunto "morria" e as respostas aos questionamentos mais delicados vinham muitos anos depois, com uma maturidade já bem diferente do que antes.

Mas hoje, as coisas estão bem diferentes.

Qualquer tipo de assunto é fácil de ser encontrado, mesmo que nem sempre fácil de ser discutido. A mídia mostra todo tipo de situação, desde televisão e internet até outdoors na rua bem a nossa frente. Boa parte das perguntas surgem repentinamente na nossa cara. E para encontrar respostas, basta escrever no google o termo para encontrar muitas coisas - boas e ruins. As pessoas, que em geral falam muito mais abertamente, também possuem opiniões diversas e respostas vindas de amigos e outros familiares que podem ser muito diferentes do que nós pais SUD´s esperamos e acreditamos.

Quando fui presidente das moças, fiz uma noite do pijama com as meninas onde tivemos uma roda de conversa, e confesso que jamais imaginei que responderia algumas perguntas que elas fizeram - BEM diretas de assuntos atuais. Imagina o que já não devem ter perguntado em casa?

Então, hoje eu acredito firmemente que, quando um questionamento difícil surgir, não podemos fugir da pergunta. Temos que explicar, de forma respeitosa e delicada, qualquer tópico que aparecer.

Vamos pegar um exemplo bem direto: E se uma criança pergunta se um homem pode namorar outro homem? Considerando os princípios religiosos que temos, mas ao mesmo tempo respeitando as opiniões diferentes e sendo tolerantes? O que respondemos?

O tempo passa rápido e considero que eu estou perto de chegar nesta fase, e vou tentar fazer o meu melhor, mas não fugir da pergunta. Vou tentar algo como "tem homens que namoram com outros homens, mas nós acreditamos que o certo são os meninos namorarem com as meninas". A conversa vai provavelmente desenrolar, aí está uma oportunidade de ensinar os princípios que aprendemos.

Se não formos nós que falarmos e ensinarmos nossos princípios, é fato que nossos filhos vão aprender com o mundo coisas diferentes. O que será exatamente? Impossível saber.

Não é fácil lidar com isso, mas vamos nos preparar. Estudar as escrituras, orar por sabedoria para sabermos como orientar nossos filhos, e assim termos a confiança deles para que, quando uma pergunta ou um tópico difícil surgir, que eles confiem em nós e sejamos nós a primeira fonte de resposta de nossos filhos.


quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Tempo de qualidade

Não sei se falei aqui, mas fui desobrigada há 1 mês de meu chamado de presidente das moças, depois de passar (entre conselheira e presidente) 7 anos na organização na ala. Confesso que estar na Soc Soc novamente foi estranho, mas depois de tanto ensinar, estava na hora de eu refletir e reaprender por lá. E desde que cheguei de novo por lá falamos muito de casamento, família e maternidade, e um dos pontos me chamou muito a atenção para criar este post.

Tivemos uma clássica - e positiva - discussão sobre a questão da mãe ficar com os filhos em casa, e as necessidades atuais de trabalho e das pessoas que cuidam e criam os filhos. Há casos e casos, cada família tem suas questões, necessidades e situações para tomar estas decisões, mas, além de todas concordarmos que precisamos da ajuda do Pai Celestial para saber o que fazer e como agir, também concordamos que precisamos tempo de QUALIDADE com nossos filhos.

Vocês já devem ter visto também, mas já vi casos de mães que precisaram trabalhar fora o dia todo, e mesmo assim os filhos são felizes e estão muito bem com suas vidas. E também já vi famílias com muitos problemas em que a mãe está 100% do tempo em casa. Afinal de contas, o que acontece nessas rotinas?

Eu vejo o quanto os filhos são influenciados pelos pais, mesmo que passem pouco tempo com eles diariamente. Quantos comportamentos e atitudes são praticamente cópias deles! Mães que gostam de ler geralmente tem filhos que também gostam. Música, artes e gostos podem não ser idênticos, mas similares. E mesmo tão pequenos eles já tem igualdades. Meu esposo adora carros, adivinha qual é o brinquedo favorito de meu pequeno de 2 aninhos? Eu sou uma pista de corrida todos os dias!



Então vale refletir: o que fazemos no tempo que temos com eles?

Fico pensando, que, refletindo bem, nenhuma mulher fica tanto tempo assim a disposição dos filhos. Quando são bem pequenos, eles dormem e tem seus horários de soneca. Isso aliado a algumas responsabilidades da casa que devem ser feitas e não conseguimos estar tão próximas deles, já passou boa parte do dia. O tempo passa rápido e logo as aulas começam e pelo menos em metade do dia eles vão à escola, além de tantas outras atividades extracurriculares, como esportes, artes, etc. Naturalmente, as mães que trabalham fora de casa apenas tem esse tempo após o expediente. Sem esquecer que muitas mães se dividem entre 2, 3, 4 e quantos filhos forem!

Então, nenhuma de nós tem um tempo imenso com eles, e temos que aproveitar o que temos da melhor forma possível. O que fazer? Como sempre, não tenho uma fórmula, mas tenho algumas ideias.

Primeiro, acredito que temos que dar atenção e presença. Em tempos de tecnologia, quantas vezes estamos todos lá fisicamente juntos, mas cada um no seu celular, tablets, televisão, etc. O momento de estarmos juntos é de dar atenção: sentar e brincar, contar uma história, cantar uma música, conversar e dar um tempo em outras tarefas, mesmo coisas necessárias da casa, dá pra deixar esse tipo de coisa pra outra hora (louças não vão fugir da pia, nem a poeira do piso, bom se fossem embora sozinhas...).Vamos deixar o celular em outro cômodo e estar juntos. 

E dando atenção, conseguimos identificar mais oportunidades de ensinar, compreender e ver o que eles estão pensando, orientá-los e não deixar que as distrações deixem de ensiná-los. Em minha infância, lembro de uma noite com meu pai. A luz de casa acabou por pelo menos 1h, e ele me contou, a luz de velas comigo no sofá, algumas histórias de sua infância, rimos muito e fiquei tão feliz... e se passaram pelo menos uns 20 anos desde aquele dia que não me esqueço!

Também acredito que devemos procurar bom entretenimento e atividades agradáveis para fazermos juntos. Não precisa ser algo tão inovador, caro ou longe de casa (pode ser dentro de casa). Já vi algumas ideias de brincadeiras diferentes na internet com coisas que podemos reciclar e com objetos do dia a dia da casa, só não fiz ainda porque meu pequeno ainda não tá na idade, mas eu gosto e preciso pelo menos dar uma volta por aí com ele. Vou no parquinho do prédio ou na pracinha atrás aqui, e ele adora: corre atrás de borboletas e passarinhos, sobe sozinho em um escorregador super alto, e corre pra ir e volta pra dar um abraço, tem coisa melhor? Tudo a duas quadras de casa =) 

E eu que toco piano, e até por causa da Igreja, tenho ensaiado bastante... e lá vem ele pouquinho depois querer tocar também. Sento com ele, tento mostrar as músicas, ele raramente deixa, mas... de alguma maneira sinto que ele está apreciando e desenvolvendo um desejo de aprender música. Não sei o quanto e como, mas acho que tudo isso influencia para o bem.

Cada família gerencia seu tempo da forma que achar mais adequada, mas... que o tempo que temos com nossos filhos seja ótimo e bem aproveitado, é bom pra todos nós!

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Desenvolver nossos talentos: para o bem de toda a família

Acho que poucos de nós não conhecem as parábola dos talentos. Nela aprendemos que 3 homens receberam diferentes talentos de Seu Senhor, representados por moedas. Dois deles trabalharam duro e multiplicaram seus talentos, sendo elogiados e recompensados pelo Mestre. O último nada fez e escondeu seu talento, e este foi retirado pelo Senhor. Fazendo o paralelo para nossa vida, é simples: nós recebemos talentos, devemos trabalhar para multiplicá-los - e assim seremos recompensados - ou então os perderemos.

Eu sempre gostei disso de talentos, nunca fui uma pessoa de ficar parada e acho que faz bem pra qualquer pessoa desenvolver algo, praticar, se destacar. Quando criança. eu era daquelas que subia no batente da porta e me jogava no sofá. Minha mãe estava enlouquecendo de medo de eu me machucar até que um sábio irmão da Igreja pensou de outro jeito e disse que eu tinha potencial pra ginástica olímpica - hoje artística - e assim ela me colocou lá pra fazer aula. E não é que treinei por 8 anos e até participei de competições internacionais? E depois dela, a ginástica me motivou em outra grande paixão: a dança. Foram mais 8 anos entre sapateado, ballet e meu favorito: jazz. Parei apenas por questões de trabalho e da gravidez, mas ainda quero voltar.

A ginástica e a dança também me proporcionaram muitas oportunidades de servir também, e me fazer mais feliz: ajudei em muitas apresentações culturais: coreografei para show de talentos, cantatas de natal, atividades das moças e inclusive para a celebração do templo de Curitiba, inesquecível.

Minha mãe também me incentivou - assim como meus irmãos - para a música. Fiz aulas de piano por muitos anos, no começo não gostava mas depois passei a adorar, e a ideia era ajudar na Igreja mesmo. A música também me deu oportunidades maravilhosas de servir e inclusive de cantar em um dos coros da dedicação do templo de Curitiba também (foi um ano incrível de muito esforço, mas que valeu a pena cada minuto).


Coro na dedicação - Inesquecível

Eu continuo tentando aprender coisas novas: ano passado uma amiga querida gentilmente me deu umas aulinhas de costura e sei fazer algumas coisas básicas, mas sei que posso ir bem mais longe se eu quiser: esse básico já me ajuda em um dos produtos que vendo em meu negócio. E até mesmo para o que achava que não tinha talento nenhum eu melhorei: meu fraco era cozinhar, era péssima. Mas com dicas, ajuda, internet e vontade, as comidinhas do dia a dia estão boas e até rendendo elogios. Usei receitinhas simples e bacanas para mutuais que fizeram muito sucesso.

O que aprendi sobre talentos até hoje? Como isso influencia na família?

Minhas considerações:

1. Mães, observem as características de seus filhos e no que eles se destacam. Se não fosse minha mãe talvez eu nunca tivesse cantado, dançado ou treinado. Ela me incentivou e isso trouxe alegrias, experiências e um desenvolvimento incrível pra minha vida, e vocês vão sentir tudo isso junto com seus filhos também, com certeza.

2. Desenvolvendo seus talentos, vocês beneficiam à Igreja, a comunidade e principalmente: sua família. Eu estudo hinos em casa com o pequeno do lado, que sempre sobe junto no piano. Meu sobrinho de 3 anos já identifica músicas que minha irmã toca também. E assim podemos ensinar coisas boas dentro de casa, e ter uma ótima atividade para desenvolver juntos. Podemos ajudar nossos filhos a desenvolverem os talentos deles quando nos já os desenvolvemos de alguma maneira, nem que seja para direcioná-los em suas aptidões.

3. Quem desenvolve talentos ganha as bençãos e recompensas que Deus nos promete. Pra mim fica muito claro: conseguimos servir no evangelho, ter um diferencial profissional, obter oportunidades em nossa vida. Acabei falando de talentos mais fáceis de identificar, mas, tem tantos: falar bem, ser bom ouvinte, preparar boas aulas, entender de tecnologia, ser criativo, ter paciência, escrever bem... a lista é infinita e sim: TODOS TEMOS TALENTOS. E todos que os desenvolvem serão abençoados.

Tem vontade de aprender ou fazer algo? Ou retomar algo que fazia e não faz mais. Que tal começar agora? Nem sempre é fácil, mas com disciplina e organização é possível sim. E isso será ótimo. Nunca é tarde pra começar, e fiz o mesmo por minha mãe no fim das contas: depois dos filhos crescidos, ela queria fazer um exercício diferente e que fosse bom, e dei o maior incentivo: ela começou a fazer dança flamenca. E não é que faz 5 anos que ela dança? Recém se apresentou na Igreja e atualmente, sou eu que fico na platéia do teatro para vê-la dançar. Nossa vovó manda muito bem!

Deu vontade de começar? Pode saber que estou com você!

sábado, 8 de agosto de 2015

Não há uma mãe... sem um pai!

Quando nasce um filho, nasce uma mãe... e um pai. E todas as variáveis - uma adoção ou uma situação especial - também se aplicam aqui.


Vejo o quanto precisamos de bons pais atualmente: homens dignos, justos, humildes, amorosos e que zelam por sua família, vivem em retidão. E quando um homem assim age, ele inspira sua família para o bem e influencia muitas outras gerações.

Hoje agradeço por existirem homens que foram verdadeiros pais em minha vida: com seu exemplo e seu amor. Amo meu pai, ele é uma pessoa incrível que me guiou e esteve presente nos momentos mais importantes de minha vida. Amo meu marido, que é um super pai e sempre pensa no melhor para nosso filho. Amo muitos homens que são pais, e mesmo não sendo "de sangue" são inspiradores para mim: alguns bispos e líderes que já tive, amigos, homens fieis e valorosos.

À vocês, pais fieis, desejo à todos de coração um FELIZ DIA DOS PAIS, e que todos os demais dias sejam muito felizes em suas vidas, vocês merecem!

E que nós, mães e filhos, possamos demonstrar nosso amor à eles: com carinho, alegria e mesmo perdão. Há sempre uma pessoa que pode ser um pai especial para nós, esse homem merece nossos elogios, beijos, abraços, presentes, e principalmente, nosso amor sempre! 

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Ajudar nossos filhos a buscarem um testemunho

Na minha opinião, um divisor de águas entre nossos filhos permanecerem ou não no evangelho é entender porquê ele é essencial em nossa vida e assim, obter e manter um testemunho forte.




Hoje em dia, diferente de nós e gerações passadas, acredito que, tudo que é feito por obrigação, chega um momento que tudo se desvirtua completamente. Se você apenas obriga seus filhos à irem para a Igreja sem tentar mostrar a importância e necessidade do evangelho em suas vidas, de forma amorosa e MUITO paciente, chega um dia que a probabilidade dele se rebelar e nem querer mais saber da Igreja é muito alta. Antigamente, mesmo se discordássemos, fazíamos o que os nossos pais diziam por obediência, respeito e até medo... mas hoje, em que o mundo diz que "tudo pode" é difícil isso ser mantido.

Vejo totalmente isso com os jovens, e já vejo isso com muitas crianças, mesmo as pequenas, que, nestes tempos desafiadores, desde de cedo temos que aproveitar todas as oportunidades possíveis de incentivar nossos filhos a buscarem seu testemunho, compreenderem por eles mesmos (através da influência do Espírito quando o buscarem) a importância do evangelho em suas vidas.

Mas se são eles que precisam buscar e nutrir seu testemunho, o que nós podemos fazer?

Servindo há tantos anos nas moças, pude conviver e observar muitos jovens e seus pais. Vi alguns jovens fortes e com testemunhos maravilhosos, e infelizmente, vi outros que deixaram de partilhar o evangelho, pelo menos até o momento. Vi que bons pais ajudaram seus filhos de muitas formas.

Acho que não existe uma fórmula certa, mas, algumas coisas que observei nos pais dos jovens que tinham testemunhos fortes e que continuaram crescendo ao longo dos anos:

Os pais são exemplos. Aquelas coisas simples de que tanto ouvimos falar: leitura das escrituras, orações familiares, frequência à Igreja e ao templo, cumprimento dos padrões. Eles faziam isso constantemente, e inclusive, prestavam seu testemunho na sacramental.

Os pais são presentes. Eles sabiam com quem, como, e quando os filhos saíam de casa. Sabiam sobre a vida de seus filhos, realizavam tarefas juntos, desde lições da escola até metas dos programas fé em Deus, Progresso Pessoal e Dever para com Deus. 

Os pais cumprem com seus chamados e responsabilidades na Igreja. Eles sempre cumpriam suas designações, preparavam aulas, assistiam e participavam de atividades e programas e ajudavam inclusive nos imprevistos.

Os pais não deixam os filhos fazerem o que quiserem. Limites são discutidos e regras estipuladas. Muitas vezes não podem sair em determinados locais, e determinadas pessoas. Outras vezes, incluindo bailes da Igreja mesmo, podiam ir, mas com horários e programação de ida e volta.

Os pais são ouvintes e interessados nas dificuldades dos filhos, mesmo que banais para eles. Existia orientação com suas dúvidas e questionamentos, dos problemas pequenos e banais até os mais difíceis. E nem sempre conseguiam dar as respostas naquele momento, mas ao menos buscavam-nas juntos.

Eu sou nascida no evangelho. Participei da Primária e das Moças, fiz seminário, conheci muita gente em conferências de jovens, apresentações regionais, e por aí vai. Ia na Igreja pra ver meus amigos, mais do que pra aprender sobre o evangelho. Mas... um dia discuti com as minhas amigas da ala, a amizade balançou, voltou depois, mas não tive aquele desejo enorme de estar na Igreja por causa delas. E neste momento, eu tinha que decidir porque eu iria à Igreja. E aí eu fui buscar respostas com real intenção. Foi um divisor pra mim, e depois disso foi diferente. Eu me senti realmente convertida.

Mas... tenho certeza que, se meus pais não tivessem sido fiéis e insistentes em muitas coisas, todas elas acima, não sei se este caminho seria o mesmo. Sou muito grata por isso, e assim pude me manter fiel até hoje. 

Agora, é meu desafio fazer com que meu filho e espero que ele sinta um dia tudo o que já senti. 
O que vocês fazem para ajudá-los?